segunda-feira, março 25, 2013

Feriado da Abolição e o Objetivo Escuso

No dia de hoje, 25 de março, "comemora-se" o fim da escravidão no Ceará. A província foi a primeira no Brasil a abolir o tráfico de negros. 

A Emenda Constitucional partiu do "ilustre" Lula Morais, deputado estadual, e aprovada em 2011 pela Assembleia Legislativa.

Com tantos feriados no Brasil, é triste observar que mais um foi criado com propósitos obscuros.
Quem em sã consciência vai parar no dia de hoje, refletir, analisar, estudar a História, aplicar no seu dia a dia, no bem-estar social?

Todos sabemos o que significa feriado. Alguns viajam e aumentam o número de acidentes, outros saem para tomar a droga psicotrópica aceita socialmente, a cerveja.
Outros aproveitam para ficar com suas famílias, ver filmes, passear, visitar cachoeiras, pedalar. O que todos têm em comum é que, para as pessoas, o motivo do feriado é o que menos importa.
Estou enganado?
Você, leitor, andaria com uma bandeira pelas ruas, comemorando o fim do tráfego negreiro?
Quantos dos seus vizinhos se uniriam a você?


Paralisar o comércio, a indústria, as escolas, as creches, bancos e tudo o mais, denota retrocesso. Por mais que haja uma relevância histórica, feriados não contribuem para a sociedade. 
No Brasil precisa-se de mais trabalho e mais oportunidades de emprego, não de gente ociosa. 

Os negros não precisam ser lembrados ou exaltados como vítimas. São pessoas comuns, dignas como qualquer ser humano.
É vergonhoso que um negro se intitule moreno. Já vi muito negro acobertando o preconceito, escondendo sua origem. Outros se apoiam no eufemismo cômico: afro-descendente, moreninho, zulu e outras.

                                                             
                                                                          Morena??
Crédito: Auremar



Se você é negro, diga a palavra. Se alguém achar ruim, a ignorância(falta de conhecimento) é da pessoa. É ela que não recebeu educação de qualidade, que tem cérebro de ervilha, que não abriu seus horizontes. Ficou limitado.
E ela nem pode alegar que não é comum ver negros. O que mais existe no Brasil é negro, ao contrário de países europeus, como Suécia.


Preconceito se combate com educação, não com leis, nem feriados. Punir quem discrimina negros parece uma solução, mas na verdade é um paliativo. Cadeias não recuperam ninguém. Pelo contrário: aperfeiçoam as ações maléficas, sobretudo num país onde as prisões são superlotadas. 
Vamos imaginar que a lei foi cumprida e o ignorante fique preso por alguns anos. Dificilmente ele vai tratar melhor os negros.
O lado emocional da vítima exige punição do agressor, mas o realismo mostra que prender não contribui.
Preconceito racial é um problema complexo que envolve algumas possibilidades, como falta de instrução na própria casa, desleixo dos pais(não sempre culpados, obviamente), falta de orientação na escola, más influências e personalidade.


O deputado em questão deveria ocupar o tempo elaborando melhorias nos setores que todos estamos cansados de saber, como a  educação e saúde. O tempo que ele perdeu discutindo sobre escravatura, poderia ser usado em favor daquilo que exige rápidas ações.
Infelizmente a situação não muda, pois os brasileiros são tolerantes e continuam elegendo quem não merecia.

segunda-feira, março 18, 2013

Especialistas, mas Incompetentes





Existem pessoas que se intitulam profissionais: "Tenho formação em(...), fiz pós-gradução em(...) e posso te ensinar".
Eu gostaria de dar a elas um recado: não é porque você adquiriu conhecimento que tem condições de ensinar.
São duas vias: numa se aprende. Na outra consegue-se se colocar no lugar do aprendiz. Analise quantos profissionais são bem sucedidos, brilhantes, possuem doutorado, ganharam prêmios, mas são incompetentes para ensinar.

Fazer um aluno aprender é uma arte. E quem não possui o dom, no mínimo precisa aprender técnicas para lecionar. Seja em que for: matéria de escola, em cursos técnicos, curso à distância, idiomas, bordado etc.


Na minha época escolar tive poucos professores de Matemática para quem eu pudesse dizer:

--Você é ótimo.
Sim, muito poucos! Como ensinar Matemática, Física ou Química, ciências complexas, que exigem muito raciocínio, no mesmo tempo de aulas de humanas?
Isso não existe! Não pode dar certo.
Não é por acaso que o Brasil é um dos campeões em baixo rendimento escolar. Observo uma grande quantidade de professores que no alto da sua arrogância, supõem que cada aluno da sala já deveria saber quase tudo. Certos professores de exatas resolvem um exercício e não querem ter o "trabalho" de fazer a conta. Usam artifícios para chegar à resolução. Só porque sabem, presumem que todos também.
Seguram-se no bastão do "você já deveria saber" ou "vá pegar um livro e estudar".
Entendem do assunto, mas em pedagogia são ignorantes.

Muitas vezes a pessoa lê o livro, estuda, tenta entender, lê 5 vezes, 10, 20, 30... e não consegue. 
Ela é burra? Não. Cada um tem sua maneira de ver o mundo, de compreender o que está à sua frente. Ninguém é igual. 


Não é porque você está insatisfeito com o salário, que o aprendiz deve pagar através do baixo rendimento.
Ele não tem culpa. Pressione seus superiores, reúna-se com os docentes para reivindicar, e se nada acontecer, tenho duas opiniões:

1) não existe força conjunta, pois nunca vi o bem-estar comum não estar disponível, quando todos ou a maioria quer. Verifique se as ruas na Alemanha são imundas como no Brasil. E por quê? Lá os cidadãos não toleram sujeira.

No Brasil o povo(nem vou chamar de cidadão) tem o costume de culpar o governo. "Não, a culpa não é minha. É a prefeitura que não contrata garis, ou os garis estão em greve."
Se pelo menos duas pessoas atazanassem a prefeitura, tivessem força de vontade, se soubessem que o prefeito é seu empregado, duvido que houvesse tanta rua nessas condições.



2) saia da profissão. Se seus colegas não pensam como você, não adianta passar a vida reclamando. Tanta chateação só vai fazer mal à saúde.
Se o salário não melhora, encare a realidade. Não vai melhorar, mesmo.

Ah, você não pode abandonar o emprego. Mas quem sabe não existe uma maneira de complementar o salário? Já pensou de quantas formas? Imagino que centenas.

O fato é que não se pode viver responsabilizando o outro. Algo tem que ser feito, não se pode toda vez esperar que os outros resolvam nossos problemas.
Brasileiros são muito acomodados. Sempre a culpa é do outro, nunca nossa. Esperamos sempre que um líder resolva os problemas da profissão, mas não se pensa na complexidade. Costuma-se simplificar apontando o dedo.

Enfim, se você já se deu conta da realidade e continua lecionando, mostre o melhor de você. Se é para ensinar, que seja com qualidade.

domingo, março 10, 2013

O que Está por Trás do Facebook - A Rede Antissocial

Rapaz muito rico, estudante da Universidade Harvard. Esse é o criador da rede, Mark Zuckerberg.
Tendo disponibilizado o serviço apenas a estudantes, aos poucos conquistou as pessoas, e graças ao poderio econômico, ampliou o Facebook à toda a internet.
 Qualquer empresa quer alavancar seu negócios. Mas algumas são perversas.
Se você é participante do Facebook, não pense que o Zuckerberg está te fazendo um favor. Nada é de graça. Eles não oferecem espaço gratuitamente para fotos e para conversar o que quiser com seus "amigos".
 Imagine quantas pessoas iguais a você existem lá. Isso consome recursos dos servidores. Energia elétrica, memória, espaço em disco, equipes de manutenção. Uma série de gastos, e lá você é um produto, não uma pessoa.
 Já observou as propagandas? Os anunciantes esperam que o dono do perfil ou os visitantes cliquem lá. E isso funciona. Você trabalha de graça.

Quando alguém escreve qualquer bobagem, está atraindo visitantes, que por sua vez, também verão anúncios.

O chamariz do Facebook é lindo na teoria: conectar pessoas e encontrar amigos com quem você perdeu contato.
 O problema é que nem toda ideia funciona na prática. Vejamos o que acontece: você tem 500 "amigos" e conversa com dois. Ou até dialoga com alguns, mas não mantém vínculo afetivo de qualidade.
É difícil descrever minha reação quando leio em banners: "Vamos ser amigos no Facebook?"
 Amizade não é assim. Ter um ícone na lista de contato não faz alguém ser amigo de outro. Chamo isso de vulgarização de amizade. Pois amizade requer dedicação, paciência, conversa. Tanta coisa, que leva tempo enumerar. Por isso tantos casamentos acabam em divórcio, pois nem todos têm preparação para se dedicar, para investir, conhecer por dentro. Por fora é fácil. Tal pessoa é linda, é desejada. No convívio, a história é outra. É preciso conhecer por dentro.
A amizade é parecida com o amor, requer empenho. Jogar uma semente no chão não faz uma planta crescer. Tem que colocar dentro de areia de qualidade e regar. Quem gosta de ter esse trabalho? Nem todos. Isso eu garanto. Na alegria você tem 800 amigos. Durante a crise ou doença você descobre quantos são verdadeiros.

Discordo que o Facebook seja uma rede social. Socializar-se é conversar com as pessoas, ajudar, não ser fechado no seu mundo, no seu grupinho; participar, ter iniciativa, envolver-se e importar-se com os problemas dos outros.
Isso tudo não condiz com o site.
Ele é uma vitrine onde os participantes entraram num delírio. Cada um mostra fotos para o mundo inteiro, estando expostas 24 horas por dia, 7 dias por semana. Muitos criam até álbum de fotos! É cabível indagar: qual a finalidade? Narcisismo? Carência? Um grito de socorro para receber atenção? Desejo de prestígio? Falta do que fazer?
Será que centenas de pessoas colariam suas fotos nas ruas, nos muros, nas praças, em outdoors? E por que fazer isso na internet que também é pública, é real, é acessada por gente?


Todos estão sorridentes o tempo todo. Isso não é vida. Não se pode mostrar só o lado bom, só sorrisos, só momentos de euforia, de badalação, de viagens a uma cidade ou país e encontros.
A vida é feita de tristezas também e de imperfeições. Naquele site, todos são artistas. Nunca vi foto de gente de rosto enrugado, com espinhas, cravos, de cabelo branco, com celulite, estrias ou feridinhas na pele.
São todos perfeitos(!), de rosto encerado. Não têm lágrimas, não têm problemas. As mulheres usam tanta maquiagem que se assemelham a palhaças. Para mim parecem robôs, não seres humanos.
Nada é melhor do que enxergar a vida como ela é. Andar pelas ruas e ver gente gorda, meio gorda, magra, magricela, anão, alta, de cabelo branco, de cabelo roxo, de cabelo avermelhado, de cabelo preto, de cabelo castanho, de cabelo grande, meio grande, de cabelo curto, careca, ver pernas com estrias, ver pernas com varizes, ver gente bonita, ver gente feia, ver gente horrorosa, ver barriga de quem está com fome, ver gente barriguda. Ficou espantado? Pois a vida é assim. Não existe binário, mas multifacetas. É a realidade da vida que traz a beleza. Se tudo fosse igual, viver seria um tédio.

Ausência de altruísmo
Experimente perguntar qualquer coisa a um estranho através do botão "mensagem".
Enquanto cara a cara você receberia de cada um, no mínimo, "não sei", através de um site dito 'social' você é ignorado pela maioria. Envie 50 mensagens. Talvez obtenha uma resposta.


Cobrança
As pessoas se orientam pelo que a maioria faz -- como se "maioria" fosse sinônimo de "verdade" ou "aquilo que é correto". No Facebook é comum que grande parte tenha fotos.
Quem não tem, nem gosta de exposição, já é discriminado. "Ah, você não tem foto? Coloque qualquer uma, mostre que você é real".
O quê? Só serei real quando eu mostrar meu rosto? Alguém realmente acredita que estas palavras foram criadas em programas de computador? Abra sua mente. A inteligência artificial, uma área da computação, já existe, mas é provável que nunca alcance tanto nível de clareza.
Elaborar ideias não é para computador, é para seres humanos.

O Facebook orienta que "esta é uma comunidade de pessoas reais. Informe seus dados verdadeiros".
Sim, é de fato muito conveniente que todos digitem sua data de nascimento, nome completo, telefone, cidade, país... Quanto mais informação REAL, melhor. Como o site sobreviveria sem os anunciantes querendo te empurrar produtos?
Volto a dizer: você é um objeto. A rede quer reunir todas as informações possíveis sobre você. Aonde você foi, com quem foi, o que fez, o que comprou, quanto gastou, o que almoçou, que xampu usou para tomar banho.
Falando nisso, é comum ver gente digitando que acabou de sair do banheiro. Isso! Quanto mais você disser, melhor, mais faturamento para o site. Logo aparece um anunciante de sabonete no seu perfil.
Ele pode montar todo o quebra-cabeça. Não pense que é difícil. Fica tudo registrado. A hora que você comentou e a data.

Sem ironia, mas só um gênio abriria um site para milhões de desocupados escreverem bobagens.
Nisso, concordo. O Mark Zuckerberg é um homem muito inteligente, é um visionário. Aquela carinha de retardado até engana, mas ele é brilhante. É óbvio que o caminho mais adequado para ganhar milhões de dólares é montar um servidor travestindo-se de site social. É permitindo que as pessoas digam o que quiserem, que digam que foram lavar os pés, que o cachorro sujou o sofá etc. Situações triviais na aparência, mas muito importantes para reunir informações e gerar um negócio absurdamente lucrativo.


 Isolamento
O que deveria servir como meio de se comunicar, funciona como ambiente de ostentação e mesquinhez.
 Quem quer conversar com novas pessoas não deve entrar no FB. Estão muito "ocupados" postando mensagens sobre "Jesus", conselhos, piadinhas a la Rafinha Bastos(sem graça nenhuma).
O Facebook é essencialmente um local para perder tempo, não fazer amizades. Muito menos se pode esperar adquirir conhecimento, qual seja.


Excessiva intromissão
As pessoas deveriam ter direito de entrar num site e não ver nada sobre o Facebook. Até mesmo porque os plugins de parceiros e scripts tendem a deixar a navegação mais lenta. É lógico que um site repleto de propaganda abre mais devagar do que outro que utiliza moderadamente banners comerciais.
 Não encontrei fonte, mas, talvez, pelo menos 80% dos sites exibem um like ou "curtir". Esse botão tem objetivo financeiro.
Quem trabalha com marketing sabe que cliques geram lucro. Milhões de usuários clicando geram retorno.

Além disso, hoje, em muitos blogs, até para comentar é preciso fazer login com uma conta do FB ou Twitter. Uma afronta à liberdade. Quem não gosta, tem duas opções: registra-se por obrigação ou torna-se marginal. No sentido de ficar à margem, ser um excluído, não ter direito de manifestação.

sexta-feira, março 08, 2013

Uso intensivo de computador não engorda

Li uma matéria que trata do exagero no uso da internet. Como tudo o que é demais, pode fazer mal e deve ser desestimulado. No entanto, diz que quem usa por muito tempo, de forma geral tem depressão, fobia social, obesidade e sofre de lesão por esforço repetitivo.
Eu me pergunto que capacitação tem o redator desse artigo. Não é porque alguém passa muitas horas online que necessariamente sofre de uma ou algumas dessas enfermidades. O que tem a ver uso de computador com obesidade? Nada.
Depende de cada um ter consciência do quanto deve se alimentar. Selecionar os alimentos, comer muitas frutas, comer carne(isso mesmo, Senhores Vegetarianos Soberbos e Companhia), frango, peixe, ovos, arroz, macarrão etc.
Sim, quem disse que comida engorda? Nenhum alimento tem o poder de engordar. São as pessoas que abusam, comem além do necessário. Mas é difícil olhar para si mesmo, admitir. Não acredita? Não faltam exemplos de quem come pizza, chocolate, hambúrguer, doces e continua magro.
O ponto-chave é: priorizar a alimentação saudável e ter moderação. Se você almoçou bem, depois tomou sorvete às 13h, por que às 18 deveria comer pizza com refrigerante?
É questão de bom senso. Infelizmente nem todo o mundo sabe o que é isso. É preciso explicar detalhadamente o que a pessoa deve comer.

Se você pode tomar um suco de três laranjas, por que abrir uma lata de Coca-cola?
Acho que não faz sentido. Quem está apressado, pede para alguém fazer, coloca numa garrafinha ou compra na rua.
Claro que ninguém vai proibi-lo(a) de tomar refrigerante uma vez ou outra. Mas várias vezes por semana?
O sabor é agradável, é quase viciante, mas não compensa. O que mais pode ser importante na sua vida do que o seu bem-estar, a sua saúde?
A indústria faz tudo o que pode para vender. Ela é milionária, pode contratar químicos, engenheiros de alimentos, biólogos, nutricionistas e demais profissionais para produzir e defender essa "alimentação". O gosto do produto é excelente porque se não fosse assim, nem tivesse apelo visual, ninguém compraria.

Ainda sobre obesidade, existe quem engorde por desequilíbrio hormonal, genético ou psicológico. Em qualquer dessas situações o que se deve fazer é procurar um médico. Ainda que muitos dêem pouco valor ao paciente, que a saúde pública no Brasil seja uma vergonha, é a melhor opção.
Remédios sem receita, "shakes", pílulas de emagrecimento, drogas que inibem a apetência são bobagens. Encare a vida como ela é. Se sua gordura incomoda, tenha educação alimentar e leve isso muito a sério, ou procure um profissional. A maioria engorda porque come muito o que não deve. E por favor, pare de dizer que a comida A ou B está te engordando, porque isso não existe. Ou que engordou porque precisa "malhar". Está aí uma palavrinha que a mídia adora e os teleguiados também. Atividade física é bom, mas não é preciso frequentar academias de ginástica. Caminhar, varrer, lavar pratos, esfregar o chão são mais do que suficientes. E também, de nada adianta se exercitar e ter alimentação desordenada.


Voltando à matéria, ela ainda menciona depressão, L.E.R./D.O.R.T e fobia social.
Não vejo como alguém desenvolver depressão por usar computador por muitas horas, tampouco fobia social. O que mais existe na internet é usuário falante, desinibido, postando suas fotos no Facebook. E as lesões? Podem ser prevenidas.